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Livro: Sem deixar rastros [Harlan Coben]

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Esse foi meu primeiro livro de estreia com o autor Harlan Coben. Pelo o que havia lido a respeito, não achei esse livro tão bom; minha expectativa era maior. Ok, não comecei pelo primeiro livro da série de Myron Bolitar, foi um presente. Porém parto da premissa que se o autor é  bom não necessariamente você precisa ler sua série na sequência, exceto se existe uma cronologia de fatos. Porém geralmente em livros policiais, cada caso é um caso, às vezes algum detalhe da vida do policial e/ou detetive é que pode ter uma cronologia, mas nada que seja de fato significativo para o desenrolar da trama. Bolitar era uma jovem promessa do basquete americano, mas o sonho acabou após uma lesão no joelho que o afastou definitivamente do esporte. Seguiu uma vida "comum", tornou-se agente esportivo e também detetive particular. Seu antigo rival das quadras Greg seguiu a carreira na NBA, jogador de sucesso, que misteriosamente desaparece sem deixar rastros e a suspeita de ter cometido um

Livro: O homem que sabia javanês e outros contos [Lima Barreto]

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Esse livreto possui cinco contos de Lima Barreto, importante jornalista e escritor brasileiro. Apesar de ser uma leitora assídua nunca havia lido nada do autor. Muito interessante a leitura, pois é uma viagem no tempo no Brasil dos fins século XIX e início do século XX: a cultura, a sociedade, os modos de trajar-se, fala e escrita. Bem diferente dos tempos atuais, de revisão da língua portuguesa, de tantos neologismos. É enriquecedor ler um clássico como este, pois também amplia o vocabulário. O homem que sabia javanês conta a história de um homem que é um embuste, que se faz passar por professor de javanês sendo que nunca tinha tido contato com o idioma. Precisava de um emprego, viu o anúncio, foi até uma biblioteca e pesquisou sobre o país, o idioma e assim se fez crescer. Começou como professor e até virou diplomata. Gostei também do conto da Nova Califórnia e me trouxe à memória uma novela da Globo, A Indomada, que tinha um alquimista Raimundo Flamel, a cidade de Tubiacanga

Livro: Eu sou Deus [Giorgio Faletti]

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Terminei de ler o livro no início do mês, mas foi tão tão empolgante que enrolei quase um mês pra escrever sobre ele. Para quem não entendeu a piada, eu fui irônica. Rs... Falletti tornou-se uma decepção. Seu primeiro livro "Eu mato" simplesmente me dominou, não queria parar de ler e cheguei a colocá-lo na lista dos autores favoritos (perdendo para Jeffery Deaver, que nunca saiu do #1, e Stieg Larssen). Saí recomendando o livro para alguns amigos, emprestei meu exemplar... Todos gostaram! Enfim chega o segundo livro no Brasil, "Memórias de um vendedor de mulheres". Uma trama interessante, mas longe de ser empolgante como o livro que tornou Falletti famoso. "Eu sou Deus" conseguiu ser menos interessante que o anterior. Muitos personagens pequenos, que aparecem, somem e de repente reaparecem. Várias vezes me perdi e não lembrava mais qual era o contexto por trás daquele personagem. Até voltei alguns capítulos para refrescar a memória. A história pa

O fim e o começo [Martha Medeiros]

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Antes de acabar o ano de 2012 acendi doze velas e ao apagá-las antes da meia-noite apaguei tudo aquilo que não me fez bem no ano que acabava: dor, sofrimento, ressentimento, mágoas, inveja, desilusões, fofoca, tristeza, perdas, falsidade, rancor e raiva. Acendi uma décima terceira vela, a que representaria o ano de 2013. Antes de apagá-la agradeci por tudo o que vivi em 2012 porque se não tivesse passado por tudo isso não seria uma pessoa melhor para o ano que acaba de nascer. Perfeitos não somos e nunca seremos. Tentar aprender os erros e as tristezas é essencial para nos tornarmos pessoas melhores. E assim busco fazê-lo e ter um novo ano melhor. ------------------------ O fim e o começo [Martha Medeiros, 30/12/2012] Como era de se esperar, não teve fim de mundo. Mas 2012 não foi um ano qualquer. Muitas pessoas a minha volta sentiram algo parecido com o que senti: que este foi um ano de intensidade única, com uma energia capaz de encerrar etapas. Um ano de despedidas,

Livro: A roda do renascimento [Mestre Hsing Yün]

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Mais um livreto da série sobre o budismo, A roda do renascimento busca explicar a razão pela qual os seres humanos renascem. A base do budismo está na lei da causa e condição e, por consequência isso forma o nosso carma, positivo ou negativo, acumulado nesta ou vidas passadas. Enquanto houver carma seguiremos renascendo como uma forma de aprimorar o espírito, até estar livre do sofrimento e encerrar o ciclo de renascimento. "Se quisermos transcender o renascimento, devemos antes conhecer a razão pela qual renascemos. A razão do renascimento é o nosso apego, enquanto a circunstância do renascimento é determinada pela natureza do nosso carma. [...] Se cortarmos uma árvore sem arrancar-lhe a raiz, a árvore crescerá novamente. Se nos libertarmos dos nossos desejos sem erradicar suas causas, teremos de viver várias vezes a dor do renascimento." [pág. 48]

Livro: Férias [Marian Keyes]

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Decepcionante! :( Essa foi minha impressão do livro. Adoro os livros da autora, o bom humor irlandês. Em livros anteriores como "Um best seller pra chamar de meu" gargalhava, chorava de rir com as personagens. Mas Férias! é tudo, menos divertido como alguns reviews na contra-capa afirmam. O livro até parecia engraçado no começo com os tropeços de Rachel, seu lado atrapalhado, os porres, os caras... Porém, por trás de tudo isso havia algo mais sério: drogas e bebidas. Rachel tem uma overdose, quase morre e seus pais decidem interná-la no Claustro, um rehab . Ela acredita que está a caminho de um belo spa, frequentado por gente rica e famosa, passando o dia fazendo massagens, ginástica e outras baboseiras. Mas a realidade do Claustro é bem diferente desse mundo cor-de-rosa. Lá existem pessoas comuns que como Rachel tem algum vício e precisam de tratamento. Rachel não está feliz, sofre muito, não aceita a doença. É duro, é difícil. A versão "divertida" de Rache

A fábula dos lobos

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- Vovô, por que os homens lutam? O velho, com os olhos voltados para o sol poente, para o dia que perdia a batalha para a noite, falou com voz calma. - Todo homem, cedo ou tarde, é chamado a lutar. Para cada homem, há sempre uma batalha à espera de ser travada, vencida ou perdida. Porque o confronto mais feroz é o que acontece entre dois lobos. - Que lobos, vovô? - Os que o homem carrega dentro de si. O menino não conseguiu entender, mas esperou que o avô rompesse o instante de silêncio que deixara cair entre eles, talvez para acender sua curiosidade. Por fim, o velho, que tinha dentro de si a sabedoria do tempo, recomeçou em seu tom calmo. - Há dois lobos em cada um de nós. Um é mau e vive de ódio, ciúme, inveja, ressentimento, falso orgulho, mentiras, egoísmo. O velho fez uma nova pausa, dessa vez para dar-lhe tempo de assimilar o que acabara de dizer. - E o outro? - O outro é o lobo bom. Vive de paz, amor, esperança, generosidade, compaixão, humildade e fé. O meni