Dica de Viagem: Lençóis Maranhenses & São Luiz [Maranhão]
Você gosta de natureza? Gosta de paz e sossego? Gosta de aventura? Se você marcou pelo menos duas das três perguntas, você deve pensar em conhecer os Lençóis Maranhenses.
Chegar até Lençóis não é fácil, mas a beleza do lugar vale a pena. Encarei um vôo de madrugada (3 horas de vôo), chegando em São Luiz por volta das 3 am. Fiquei no aeroporto mesmo, fritando a 28°C, aguardando a van da BRTur nos pegar às 5:30 am com destino a Barreirinhas. Saculejamos por mais 4 horas na estrada, mas pelo menos o ar condicionado funcionava bem.
A Pousada Sossego do Cantinho fica em Barreirinhas, a principal e mais estruturada cidade da região dos Lençóis Maranhenses. Essa pousada foi um achado nesse recanto de beleza natural. De um suíço casado com uma local, a pousada possui apenas 4 grandes chalés, muito confortáveis e agradavelmente decorados. A pousada fica do outro lado do rio Preguiças, o dono vem buscar de barco. Para quem fica do lado da cidade tem que atravessar o rio de balsa para ir ao parque dos Lençóis obrigatoriamente; quem fica do outro lado do rio fica isolado. Não há nada a fazer a não ser curtir o momento, curtir o local com uma prainha de rio particular, pássaros cantando freneticamente, brisa refrescante. E sossego, muuuuuito sossego. A pousada possui uma cozinha própria e particular. Ou seja, os donos fazem a comida pra você: comida caseira, fresca, deliciosamente temperada, isso sem contar os sucos com frutas da região: cupuaçu, cajá, entre outros. Adoro cupuaçu!
Depois de alojados no nosso chalé, aproveitamos a rede na varanda para descansar da longa viagem e tomar mais umas cervejinhas. Eita calor da gota! Rs...
À tarde passeio para os Lençóis. O automóvel da região é Jipe Toyota, adaptado com bancos para levar os turistas. Você saculeja feito um saco de batatas, na ida e na volta, com e sem emoção. Até tivemos um engarrafamento (sanou minha crise de abstinência de São Paulo) no meio do areial por conta de um dos jipes que atolou. Rs... Lençóis é paradisíaco, por vezes me senti como se estivesse atravessando a Lua ou Marte. A maioria das lagoas estavam secas, a água é dragada pelo solo, que fica endurecido, mas sente-se a umidade sob os pés. Algumas lagoas chegam a ter 4 metros de profundidade. Sempre há muito vento, o que alivia a fadiga de subir e descer as grandes dunas até chegar a uma lagoa. De água verde e límpida, mergulhar nas lagoas é um alento pelo calor, saculejos no jipe e pernas fatigadas pelo sobe-e-desce das dunas.
Uma pena que não tive muito tempo para explorar mais o lugar, fazer mais passeios, ficar fazendo nada só deitada na rede vendo o dia passar. Mas faço planos de voltar lá na época da cheia (entre junho e setembro) e ver a impressionante visão de um deserto repleto de "piscinas" de água doce. A viagem foi insana, fizemos tudo isso para passar 1 dia nos Lençóis Maranhenses: no domingo à tarde pegamos o barco e depois a van de volta para São Luiz.
O choque entre o bucolismo de Barreirinhas e a cidade de São Luiz foi grande, inclusive pelo quarto da pousada que ficamos, mal tinha janela, ou melhor, tinha, mas abria para um corredor, um cubículo com o próprio ar condicionado do quarto. Foi engraçado, a gente ria da situação.
Mesmo assim a pousada atendeu bem para uma boa noite de sono com um bom café da manhã. Ficamos hospedados na Pousada Colonial, no centro histórico. Como chegamos por volta das 22h percebemos que o pedaço é meio escuro, perigoso para andar por ali. Inicialmente pensamos em ficar na Pousada Portas da Amazônia, que fica bem no meio do burburinho, mas mudamos de planos. Errando e aprendendo! Rs... O casarão da Pousada Colonial resguardou boa parte da arquitetura original e dos azulejos portugueses, benesses da colonização.
São Luiz está localizada a 2 graus abaixo da Linha do Equador, então você pode realmente imaginar o calorzão que faz nessa terra, cidade banhada por rio e mar. Fundada pelos franceses em 1612, depois invadida pelos holandeses, colonizado pelos portugueses, a cidade tem muita história para contar do nosso país. O centro histórico é tombado pelo Patrimônio Mundial da UNESCO.
No dia seguinte, logo cedo (não tão cedo assim, confesso... rs), saímos com um mapa na mão em busca da famosa Rua do Giz. Na boa, a rua era bem, bem próxima da pousada, mas nos perdemos no mapa, descemos até a avenida principal, e caminhamos com uma garoa fina pra refrescar. Conhecemos a sede do Governo, o Palácio dos Leões, construção de bela riqueza arquitetônica, na altivez do branco, do alto de uma colina, com vista priveligiada para o mar. Outras construções históricas no entorno como também apreciamos como a sede da Marinha Mercante, em frente à sede do governo. Passamos pelo Centro Cultural Popular Domingos Vieira Filho, Igreja da Sé, Rua do Giz, Museu de Arte Sacra, entre outros.
Depois do passeio pelo centro histórico, atravessamos a Ponte José Sarney (ah vá...) e fomos conhecer as badaladas praias da capital marenhense. Acabamos parando pela Praia do Calhau, brisa da praia, peixinho e camarão frescos e uma cervejinha (ninguém é de ferro!!). Assim passamos toda a tarde, que ainda deu direito a assistir a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, em celebração ao dia da Proclamação da República. Só é triste saber que as praias de São Luiz são impróprias para banho por causa do lançamento de esgoto não tratado direto na água. Dona Roseana, cadê o investimento no tratamento dos esgotos da capital? Vamos parar de fazer ponte em nome do papai e trabalhemos para melhoria do meio ambiente e da população!!!
É bom conhecer o mundo, mas conhecer o Brasil também é muito bom. Próximo destino: em breve contarei! :)
+photos: Lençóis Maranhenses
+photos: São Luiz
+contatos:
BRTur - Translado São Luiz-Barreirinhas
(098) 3082-8825 / brtur@terra.com.br
Chegar até Lençóis não é fácil, mas a beleza do lugar vale a pena. Encarei um vôo de madrugada (3 horas de vôo), chegando em São Luiz por volta das 3 am. Fiquei no aeroporto mesmo, fritando a 28°C, aguardando a van da BRTur nos pegar às 5:30 am com destino a Barreirinhas. Saculejamos por mais 4 horas na estrada, mas pelo menos o ar condicionado funcionava bem.
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| Lençóis Maranhenses |
Depois de alojados no nosso chalé, aproveitamos a rede na varanda para descansar da longa viagem e tomar mais umas cervejinhas. Eita calor da gota! Rs...
À tarde passeio para os Lençóis. O automóvel da região é Jipe Toyota, adaptado com bancos para levar os turistas. Você saculeja feito um saco de batatas, na ida e na volta, com e sem emoção. Até tivemos um engarrafamento (sanou minha crise de abstinência de São Paulo) no meio do areial por conta de um dos jipes que atolou. Rs... Lençóis é paradisíaco, por vezes me senti como se estivesse atravessando a Lua ou Marte. A maioria das lagoas estavam secas, a água é dragada pelo solo, que fica endurecido, mas sente-se a umidade sob os pés. Algumas lagoas chegam a ter 4 metros de profundidade. Sempre há muito vento, o que alivia a fadiga de subir e descer as grandes dunas até chegar a uma lagoa. De água verde e límpida, mergulhar nas lagoas é um alento pelo calor, saculejos no jipe e pernas fatigadas pelo sobe-e-desce das dunas.
Uma pena que não tive muito tempo para explorar mais o lugar, fazer mais passeios, ficar fazendo nada só deitada na rede vendo o dia passar. Mas faço planos de voltar lá na época da cheia (entre junho e setembro) e ver a impressionante visão de um deserto repleto de "piscinas" de água doce. A viagem foi insana, fizemos tudo isso para passar 1 dia nos Lençóis Maranhenses: no domingo à tarde pegamos o barco e depois a van de volta para São Luiz.
O choque entre o bucolismo de Barreirinhas e a cidade de São Luiz foi grande, inclusive pelo quarto da pousada que ficamos, mal tinha janela, ou melhor, tinha, mas abria para um corredor, um cubículo com o próprio ar condicionado do quarto. Foi engraçado, a gente ria da situação.
Mesmo assim a pousada atendeu bem para uma boa noite de sono com um bom café da manhã. Ficamos hospedados na Pousada Colonial, no centro histórico. Como chegamos por volta das 22h percebemos que o pedaço é meio escuro, perigoso para andar por ali. Inicialmente pensamos em ficar na Pousada Portas da Amazônia, que fica bem no meio do burburinho, mas mudamos de planos. Errando e aprendendo! Rs... O casarão da Pousada Colonial resguardou boa parte da arquitetura original e dos azulejos portugueses, benesses da colonização.
São Luiz está localizada a 2 graus abaixo da Linha do Equador, então você pode realmente imaginar o calorzão que faz nessa terra, cidade banhada por rio e mar. Fundada pelos franceses em 1612, depois invadida pelos holandeses, colonizado pelos portugueses, a cidade tem muita história para contar do nosso país. O centro histórico é tombado pelo Patrimônio Mundial da UNESCO.
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| Construção na Rua do Giz |
Depois do passeio pelo centro histórico, atravessamos a Ponte José Sarney (ah vá...) e fomos conhecer as badaladas praias da capital marenhense. Acabamos parando pela Praia do Calhau, brisa da praia, peixinho e camarão frescos e uma cervejinha (ninguém é de ferro!!). Assim passamos toda a tarde, que ainda deu direito a assistir a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, em celebração ao dia da Proclamação da República. Só é triste saber que as praias de São Luiz são impróprias para banho por causa do lançamento de esgoto não tratado direto na água. Dona Roseana, cadê o investimento no tratamento dos esgotos da capital? Vamos parar de fazer ponte em nome do papai e trabalhemos para melhoria do meio ambiente e da população!!!
É bom conhecer o mundo, mas conhecer o Brasil também é muito bom. Próximo destino: em breve contarei! :)
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