Chuva, a boazinha que virou vilã

Antigamente chuva era um bom sinal. Era bem-vinda. Esperada por muitos para prosperar suas colheitas, oferecer água às famílias e aos animais, permitir que as árvores ficassem verdes e as flores florescessem, deixando tudo mais belo no seu entorno. A chuva era um símbolo de fertilidade, hoje é de tragédia.

As mudanças climáticas dos últimos anos tem trazido cada vez mais vezes, num curto espaço de tempo, tragédias de proporções arrasadoras. Terremotos, vulcões, tornados, tsunamis, grandes enchentes...

Não acredito que a causa dessas mudanças seja só pela mão do homem, por causa do aquecimento, do efeito estufa. Acredito que a Terra pode estar entrando numa nova fase. Nas aulas de ciências aprendemos que o planeta passou por eras, como a era do gelo, a dos dinossauros. Cada período teve "sintomas" típicos. Claro que a ação humana pode acelerar o processo, mas o aquecimento do planeta, o consequente derretimento das geleiras e bla bla bla podem ser alguns dos sintomas de que a Terra, mais uma vez, está mudando.

Todo início de ano nos vemos consternados com as tragédias das águas (que não são de março) que devastam bairros, cidades e vidas inteiras. Todo início de ano literalmente somos invadidos por uma avalanche de histórias de mortes resultante de afogamentos, deslizamentos e outros acidentes decorrentes das enchentes.

Em 2009 foi o caso de Blumenau. Em 2010 foi Angra dos Reis (recorrente). Em 2011, Teresópolis, Nova Friburgo, Franco da Rocha.

Há culpados? Se sim, de quem é a culpa?

O Estado são culpadas por fazer vista grossa, por não prevenir em vez de remediar.
Os cidadãos são culpados por não jogarem o lixo no lixo.
O Estado é culpado por não conseguir prover condições para os cidadãos viverem em regiões de menos risco.
Os cidadãos pobres, sem opção, constroem suas casas nas encostas de morros.

Somos todos culpados e ao mesmo reféns. Reféns da Natureza, contra ela não há nada que ninguém possa fazer, sempre estaremos um passo atrás.

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