Photo: Fabiana Murer (Pole Vault) [Beijing, China]
Cada foto tem sua história não? E essa não é diferente.
Um fato inédito aconteceu nos jogos olímpicos de Pequim: o sumiço de uma das varas da atleta brasileira Fabiana Murer, do salto com vara.
Os atletas devem saltar diversas alturas e para cada uma há uma vara com o tamanho apropriado. O atleta tem 3 chances de acertar o salto, do contrário está fora da prova.
Eu me sentei bem de frente para a prova do salto com vara porque queria ver também minha 'ídola' Yelena Isinbayeva bater mais um recorde mundial.
Assim, após o primeiro bem sucedido salto da Fabiana, enquanto as demais atletas faziam suas marcas, percebo uma movimentação estranha. No local onde ficavam guardadas as varas de cada atleta, ela tirava todas as varas, recontava, falava com juíze, com seu técnico e nada. Até que chegou a sua vez de fazer o salto de 4,55m. Comentei com meus amigos: 'Há algo errado, acho que a vara sumiu porque não faz sentido toda essa movimentação e discussão.' Mesmo à distância dava para perceber que Fabiana estava alterada, discutindo, desesperada por não ter a vara adequada para realizar o respectivo salto.
Ana Paula ligou para o pai dela no Brasil e ele nos confirmou que era isso mesmo que estava acontecendo. O pai dela estava acompanhando a prova pela TV. Rs... O que vimos acontecer foi os juízes da prova a terem qualificado para o próximo salto de 4,65m. Porém, todo o stress do sumiço da vara a desequilibrou emocionalmente e ela não conseguiu acertar as 3 tentativas e saiu da disputa por uma medalha. Pelo menos tive a alegria de ver Isinbayeva bater mais um recorde mundial.
No dia seguinte tive a oportunidade de visitar a Vila Olímpica graças à minha Ynara, ex-COB que consegui para Val e eu o acesso. Foi muito bacana ver as instalações dos atletas, a infra-estrutura, atletas do mundo inteiro. Quando estava à frente do prédio onde estava a comitiva brasileira vejo sair justamente ela, Fabiana Murer, que ainda estava incosolável com o ocorrido no dia anterior. Seu treinador e marido estava junto tentando consolá-la, mas não havia o que fazer.
O que mais revoltou é que nessa terrível noite, Fabiana não conseguiu dormir ainda sem entender o que havia acontecido se havia entregado seu kit completo de varas para a comissão organizadora. Caminhando pela vila olímpica foi até o local da entrega das varas e achou a tal vara jogada no chão. Ou seja, alguém abriu seu kit e propositadamente a deixou de fora. O máximo que o Comitê Organizador fez foi enviar uma carta de desculpas pelo ocorrido, mas quando se trata de uma medalha em uma Olimpíada não há nada que reverta a situação. Lamentável! Até hoje não se sabe quem fez isso.
Fabiana tinha reais chances de levar uma medalha, de prata ou bronze. Vinha se preparando fortemente para Pequim e vinha batendo seus próprios recordes.
Um fato inédito aconteceu nos jogos olímpicos de Pequim: o sumiço de uma das varas da atleta brasileira Fabiana Murer, do salto com vara.
Os atletas devem saltar diversas alturas e para cada uma há uma vara com o tamanho apropriado. O atleta tem 3 chances de acertar o salto, do contrário está fora da prova.
Eu me sentei bem de frente para a prova do salto com vara porque queria ver também minha 'ídola' Yelena Isinbayeva bater mais um recorde mundial.
Assim, após o primeiro bem sucedido salto da Fabiana, enquanto as demais atletas faziam suas marcas, percebo uma movimentação estranha. No local onde ficavam guardadas as varas de cada atleta, ela tirava todas as varas, recontava, falava com juíze, com seu técnico e nada. Até que chegou a sua vez de fazer o salto de 4,55m. Comentei com meus amigos: 'Há algo errado, acho que a vara sumiu porque não faz sentido toda essa movimentação e discussão.' Mesmo à distância dava para perceber que Fabiana estava alterada, discutindo, desesperada por não ter a vara adequada para realizar o respectivo salto.
Ana Paula ligou para o pai dela no Brasil e ele nos confirmou que era isso mesmo que estava acontecendo. O pai dela estava acompanhando a prova pela TV. Rs... O que vimos acontecer foi os juízes da prova a terem qualificado para o próximo salto de 4,65m. Porém, todo o stress do sumiço da vara a desequilibrou emocionalmente e ela não conseguiu acertar as 3 tentativas e saiu da disputa por uma medalha. Pelo menos tive a alegria de ver Isinbayeva bater mais um recorde mundial.
No dia seguinte tive a oportunidade de visitar a Vila Olímpica graças à minha Ynara, ex-COB que consegui para Val e eu o acesso. Foi muito bacana ver as instalações dos atletas, a infra-estrutura, atletas do mundo inteiro. Quando estava à frente do prédio onde estava a comitiva brasileira vejo sair justamente ela, Fabiana Murer, que ainda estava incosolável com o ocorrido no dia anterior. Seu treinador e marido estava junto tentando consolá-la, mas não havia o que fazer.
O que mais revoltou é que nessa terrível noite, Fabiana não conseguiu dormir ainda sem entender o que havia acontecido se havia entregado seu kit completo de varas para a comissão organizadora. Caminhando pela vila olímpica foi até o local da entrega das varas e achou a tal vara jogada no chão. Ou seja, alguém abriu seu kit e propositadamente a deixou de fora. O máximo que o Comitê Organizador fez foi enviar uma carta de desculpas pelo ocorrido, mas quando se trata de uma medalha em uma Olimpíada não há nada que reverta a situação. Lamentável! Até hoje não se sabe quem fez isso.
Fabiana tinha reais chances de levar uma medalha, de prata ou bronze. Vinha se preparando fortemente para Pequim e vinha batendo seus próprios recordes.
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