Dar ou não dar [Luis Fernando Veríssimo]
Atualmente, na internet, vivemos alguns problemas de autoria sobre alguns textos. Recebi o texto abaixo de uma amiga, que diz ser do Veríssimo. Se foi escrito por ele, legal porque admiro seu trabalho, suas crônicas. Se não foi, legal também porque a crônica é interessante e fala sobre uma questão importante dos dias de hoje [ainda mais pra pessoas solteiras como eu]. Eu quero mais é amor!!
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca... Te chama de nomes que eu não escreveria... Não te vira com delicadeza... Não sente vergonha de ritmos
animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe... Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a colunavertebral... Te amolece o
gingado... Te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo
baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos
da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para
apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que
cê acha amor?". É não ter companhia garantida para viajar. É não ter para quem
ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho... É
não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao AMOR. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
Dar não é fazer amor. Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca... Te chama de nomes que eu não escreveria... Não te vira com delicadeza... Não sente vergonha de ritmos
animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe... Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a colunavertebral... Te amolece o
gingado... Te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo
baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos
da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para
apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que
cê acha amor?". É não ter companhia garantida para viajar. É não ter para quem
ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho... É
não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao AMOR. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar.
Experimente ser amado...
[Luis Fernando Veríssimo]
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