Perdas imensuráveis para o esporte nacional


INDIGNAÇÃO, esse é o sentimento do dia!!!

Ontem eu e o Brasil fomos surpreendidos com o anúncio do fim de duas importantes equipes nacionais do vôlei feminino: Osasco e Brusque

Ambas as equipes acabaram porque os patrocinadores decidiram não mais investir sob o argumento da crise econômica atual. O Osasco era patrocinado pelo Finasa e o Brusque pela Brasil Telecom.

Há 2 dias atrás, o Osasco disputava a final da Superliga 2008/2009, o campeonato brasileiro da modalidade. O Osasco só não esteve em um das 4 finais dos turnos e perdeu para o Rexona por muito pouco. Como pode agora deixar de existir?

Atletas olímpicas como Sassá, Thaíssa, Paula Pequeno e Carol Albuquerque e outras tantas potenciais simplesmente estão agora desempregadas, mas o pior de tudo é o sobressalto da notícia. A maioria delas em férias após um longo campeonato nacional e que agora aguardariam a convocação para a seleção brasileira já que o Grand Prix começa em junho.

O Brasil já tem tão pouco e o esporte é uma das poucas alegrias do nosso povo governado por corruptos. O vôlei tornou-se um esporte tão querido quanto o futebol, os ginásios sempre lotados, a torcida fazendo bonito vibrando com os atletas... 

Cadê o COB que não se manifesta? Quando os nossos atletas brasileiros vencem, o COB se coloca à frente se orgulhando do fato, do esforço dos atletas, da medalha no peito, mas estamos sempre sendo bombardiados com notícias da falta de apoio do Comitê aos atletas. O COB recebeu um orçamento milionário para 2009 e muitos ainda questionam onde a verba foi parar porque os atletas continuam ao vento. O caso da Jade sobre os custeios com uma lesão no pulso e a falta de apoio de clubes a ginastas como Diego Hipólito (pessoal, mais um ouro no Mundial de Ginástica no domingo passado!) chocam. Todavia, o mais impressionante é simplesmente que quem deveria tomar uma ação, no caso o COB fica calado, se omitindo de algo que está sob sua alçada. E ainda queremos sediar uma Olimpíada.

Agradeço muito a Deus que tive a oportunidade de assistir a duas Olimpíadas in loco: Atenas e Pequim. Por mais que eu ame o Brasil, que o Rio seja minha cidade natal que sua beleza tanto me encanta, não temos condições estruturais, mas também MORAIS para assumir um evento desse porte. O Pan Rio 2007 já foi um escândalo de desvio de verbas sem tamanho e que até hoje o COB não se explicou a contento. Ou melhor, Nuzman foi ao Senado, falou o que queria dizer e quando seria questionado pelos senadores simplesmente informou que tinha um outro compromisso e foi embora.

A CBV informou que foi pega de surpresa também, mas é uma das confederações que mais recebem apoio do COB. Como podemos deixar situações assim ocorrer?

Outro dia estava pensativa assistindo às partidas da Superliga e percebi que realmente os clubes tornaram-se o seu patrocinador. Ou seja, não é mais o time do Rio de Janeiro é o Rexona Rio; não é o Osasco e sim o Finasa Osasco. No futebol, também temos os patrocínios, inclusive mais de um, o que minimiza um risco como essa crise nacional do esporte de falência de equipes de primeiro calão. Não estamos falando de times de segunda, terceira divisão. Como podemos deixar isso acontecer???

Tande fez um comentário pertinente e que dá a dimensão da perda: o time do Osasco está para o vôlei assim como Flamengo ou Corinthians estão para o futebol.

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